domingo, 16 de novembro de 2008

Ressuscitou

Não foi ao terceiro dia mas foi quase ao terceiro mês. O Torrada foi definhando, definhando, definhando... até dar um triste pio no passado e longínquo quinto dia do mês de Setembro. Tempo de férias ainda. A torrente semanal de posts foi sendo substituida lenta, progressiva e tristemente por uma apatia global que atingiu todos os autores, a todos da mesma forma, e que se veio depois a contagiar aos leitores, antes comentadores assíduos e ávidos de novos posts, ora amorfos e quase inexistentes. A vida activa, a ritmo urbano, cosmopolita até, deste blogue deu lugar a um clima de cidade fantasma de filme americano, onde apenas a brisa outonal é capaz de fazer mover não alguém mas alguma coisa - a porta do saloon. O recreio cheio de crianças correndo, jogando à bola, cheirando nova asneira a cada esquina, aterrorizando as meninas que jogam à macaca com sardoniscas, esvaziou-se ao toque da campainha e não mais se ouvem as crianças gritar, enclausuradas que estão agora, na sala de aula. Mea culpa, mea maxima culpa.

Mas quando algo é tão grande e tão forte como o Torrada não se deixa derrotar assim tão facilmente. Não é a pedra no sapato que impede que prossiga caminho. Não é a simples lesão no menisco que lhe termina a carreira. Não é o esquecimento que o faz desistir de lutar. Não é a simples morte carnal que lhe tira a sua essência, a sua alma.

E o Torrada aí está. Morreu, expiou os seus pecados, purificou a sua alma e regressou ao mundo dos vivos. Não com o mesmo aspecto mas de cara lavada. Pronto para um novo ciclo. Pronto para a glória eterna no reino celestial. Renasceu das próprias cinzas para voar mais alto, mais rápido e mais forte, como no ideal olímpico. Pronto para bater novos recordes depois de largo período de ausência devido a lesão.

Olá outra vez! Sejam bem-vindos!

3 Comments:

Tiago Lima said...

O pão já estava a ganhar espessas camadas de bolor, perdido dentro de um abafado armário de uma inabitada cozinha ou despensa. A manteiga solidificou até um ponto em que não podia ser barrada sem reduzir o pão a migalhas. Mas a energia eléctrica que faz a torradeira trabalhar não deixou de ser fornecida. Bastou ligar o interruptor e imediatamente o padeiro voltou ao forno e o supermercado forneceu um novo pacote da manteiga.
A faca, essa, encarregou-se de dividir o pão em três partes.

E a fome foi saciada.

Anónimo said...

Só nos resta esperar que a autoproclamada rainha das torradeiras comece a mostrar-nos algo de jeito. De um texto carregado (íssmo) de pretença musicalidade e inútil jogo léxico, desprovido de qualquer mensagem, pulam para um infeliz escrito sobre a Barbie. Se a fénix renasceu, por certo ainda não passa de um pintainho. Ou talvez nunca tenha pertencido a essa nobre espécie. Uma galinha sem cabeça? Quem sabe.

Será possível ajustar o temporizador? Até agora, tem saído quase tudo queimado.

O novo template está adorável. Um aspecto positivo.

Assim falou Zaratrusta.

Ferreira Ribeiro said...

Zaratrusta falou cheio de pretensos conhecimentos gramaticais e de construção textual, quase a fazer lembrar as análises de textos de Eduardo Lourenço que estudávamos no ensino secundário, na disciplina de Português. Mas é triste quando se dá tiros no pé e se brinda o espectador com erros ortográficos.

Para que conste, pretensa escreve-se com "S" e não com "Ç". E já agora, no parêntese que se segue ao vocábulo "carregado", deverá Zaratrusta querer dizer "íssimo" (carregadíssimo)e não "íssmo" (carregadíssmo?).

Enfim, não bate a bota com a perdigota. Misturar as expressões "musicalidade", "jogo léxico, desprovido de qualquer mensagem" e as iluminadas metáforas aviárias com erros ortográficos torna, se não improcedente, pelo menos incoerente toda a crítica.