sábado, 25 de abril de 2009

Sempre!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma e a mesma pessoa


Julgava ter sido a primeira pessoa a reparar na semelhança mas já aqui outro iluminado tinha chegado à mesma conclusão. É caso para dizer, como num dos comentários que fizeram no blogue em questão: "Tetra-campeonato? Yes, we can!"

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O bom filho à casa torna

Há dias, enquanto regalado caminhava por entre hortaliças e beldades no mercado do Bolhão, alarve fulano do meu deleite avassalador à frente se me trespassou, e com fogo na vista e ódio no indicador, para mim apontou e desdenhosamente conjugou:

«Ah, vil pantomineiro de pretensões pouco definidas mas decerto impuras e falaciosas.
Cedo te juntaste a nós, e agora cedo nos cospes na cara. Arde a pé de Mefistófeles, vil trapaceiro amante de menores!»

E sentado naquilo que à primeira me pareceu um Grifo, mas que à segunda se revelou uma Yamaha SR250, eclipsou-se delirantemente.

Devo confessar que anos de pantominices me calejaram o espírito e aguçaram o sentido, mas ainda assim não pude deixar de me sentir melindrado após tal confronto.
Devo pois admitir que tenho sido um mau membro do Torrada do Meio, colectividade que com tanto amor me acolheu no início da minha actividade académica. Como diz o ditado, o bom filho à casa torna, mas como o bom filho anda ocupado num negócio de compra e venda de portáteis “usados”, retorno eu.

Obrigado pelo aviso Ferreira Ribeiro. Já agora, onde compraste a Yamaha?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Virar à esquerda

Aqui há dias deambulava pela blogosfera, aqui (1), quando descobri um sítio dedicado aos esquerdinos (ou canhotos). Não pude deixar de me deliciar com uma panóplia de produtos dedicados a estas pessoas "especiais". Mas acho que este bate recordes, pela sua extrema utilidade para os esquerdinos (e somente para eles):




De facto, isto não tem utilidade nenhuma para um destro...

(1) O post em causa, no blogue da Sociedade de Debates, faz um interessante apanhado dos Presidentes norte-americanos canhotos ao longo da História.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Uma questão de segundos


Não sou propriamente um grande apreciador de passagens de ano. Dava já conta disso em Dezembro de 2005, aqui. Sinceramente não lhe encontro ratio nenhuma. Não tem sumo, não tem sentido último. Não marca, para mim, o fim de um ciclo e o começo de outro. Há outros marcos ao longo do ano que o fazem: o fim do ano lectivo e o início das férias, por exemplo. E o fim destas e início do ano lectivo subsequente. Faço mais balanços nessa altura.

Mas desta feita, a passagem de ano mexeu comigo. Diria até que o meu mundo ruiu como as Torrer Gémeas. Aquilo que aprendera ainda antes de entrar para a escola, talvez com a Rua Sésamo, e que me ajudara a formar enquanto cidadão responsável sofreu um grave revés: um minuto já não dura origatoriamente 60 segundos. O ponteiro maior do relógio já não se desloca necessariamente 60 vezes, na sua romântica e cíclica viagem, em que toca amorosamente o 1 depois de partir do 12 e saltita de número em número, passando o 3, o 6 e o 9, até chegar de novo ao 12. A areia já não se move à mesma velocidade na ampulheta. Os ciclos da natureza alteraram-se abruptamente para nunca mais se voltarem a acertar; até as gazelas têm o seu processo de crescimento completamente descontrolado e já não cambaleiam tão harmoniosamente após o nascimento.

E tudo isto porque uma quantas mentes brilhantes se lembraram que havia que acertar os relógios. Quanto tempo? Mais 2 horas? 30 minutos? Não... Um segundo! Ah, que diferença irá fazer esta mudança. Quantos comboios deixarei de perder, porque o meu relógio, agora sim, está certo....

Será que algum destes brilhantes cientistas que se lembram destas coisas já reparou que as pessoas não têm os relógios religiosamente certos uns pelos outros? Quando são 19h01 na SIC Notícias, na RTP N são 19h02. Ah, blasfémia!

Mas claro, quem sou eu para questionar as mentes brilhantes da Ciência? Se já o achava aqui, cada vez mais que convenço mais que o outro é que tem razão:

«O tempo não sabe nada
O tempo não tem razão
O tempo nunca existiu
É da nossa invenção

Se abandonarmos as horas para nos sentirmos sós
Meu amor o tempo somos nós»

Jorge Palma, O Tempo