Há perguntas que são inevitáveis. Pura e simplesmente somos impelidos a fazê-las quando para tal surge a oportunidade.
"O que é que queres ser quando fores grande?"
Pais, avós, tios, primos mais velhos, professores, amigos dos pais, familiares por afinidade sempre a obedecer ao protocolo de perguntar... Enfim, todos nós ja fomos questionados quando ainda cambaleávamos de guizo na mão, quando andávamos à volta da fogueira sem saber o que tinha custado a liberdade.
Quantos bravos bombeiros, quantos dedicados médicos, quantos rigorosos polícias, quantos craques da bola teríamos hoje se o nosso futuro tivesse sido definido nessa altura... Sonhar é bom. Ajuda-nos a crescer, a sermos realistas, a termos uma meta, ainda que saibamos de antemão que tal nunca passará de uma miragem.
Contudo, há quem não queira passar para a faixa etária subsequente (e não me estou a referir à Floribella). Há sempre alguem que quer remar contra a nefasta irretroactividade da suprema Lei da Natureza.
"Quando eu for grande quero ser pequenino!" insistem alguns incautos garotos, plenos de inocência.
E não é que alguns conseguem mesmo rejuvenescer?
Mas... Serão eles capazes de suplantar a lei perante a qual não há possibilidade de recurso? Não estou seguro disso. Talvez consigam ultrapassar a lei, mas apenas a criada pelos homens...
Se Deus quer, e o homem sonha... Porque não?
o apóstata
Há 3 dias
0 Comments:
Post a Comment