sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A idade da inocência (e da discórdia)

Há perguntas que são inevitáveis. Pura e simplesmente somos impelidos a fazê-las quando para tal surge a oportunidade.


"O que é que queres ser quando fores grande?"

Pais, avós, tios, primos mais velhos, professores, amigos dos pais, familiares por afinidade sempre a obedecer ao protocolo de perguntar... Enfim, todos nós ja fomos questionados quando ainda cambaleávamos de guizo na mão, quando andávamos à volta da fogueira sem saber o que tinha custado a liberdade.


Quantos bravos bombeiros, quantos dedicados médicos, quantos rigorosos polícias, quantos craques da bola teríamos hoje se o nosso futuro tivesse sido definido nessa altura... Sonhar é bom. Ajuda-nos a crescer, a sermos realistas, a termos uma meta, ainda que saibamos de antemão que tal nunca passará de uma miragem.

Contudo, há quem não queira passar para a faixa etária subsequente (e não me estou a referir à Floribella). Há sempre alguem que quer remar contra a nefasta irretroactividade da suprema Lei da Natureza.


"Quando eu for grande quero ser pequenino!" insistem alguns incautos garotos, plenos de inocência.

E não é que alguns conseguem mesmo rejuvenescer?

Mas... Serão eles capazes de suplantar a lei perante a qual não há possibilidade de recurso? Não estou seguro disso. Talvez consigam ultrapassar a lei, mas apenas a criada pelos homens...


Se Deus quer, e o homem sonha... Porque não?


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